sexta-feira, 26 de abril de 2013

Atenção: Homens e Mulheres


UROLOGISTA MIGUEL SROUGI - Considerado o nº 1 do Brasil (entrevista )
O urologista, que cuida da saúde do "PIB"  brasileiro, fala sobre os principais  temores masculinos, como problemas na próstata, disfunções sexuais e  decadência física. Não tem nem o que questionar: quando se fala em urologia, e  principalmente em saúde masculina, primeiro nome da agenda e da confiança dos principais políticos, empresários e brasileiros em geral é o do médico Miguel Srougi. Considerado o número 1 do Brasil em Cirurgias de câncer de próstata (já realizou 2.900), atende em seu consultório gente como o presidente Lula, José Alencar, José Serra, Geraldo Alckmin, Joseph Safra, Lázaro Brandão, Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes, entre outros pesos pesados.
Professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, 35 anos de carreira, uma dezena de livros publicados e outra centena de artigos espalhados mundo afora, Srougi tem a simplicidade daqueles que muito sabem, pouco ostentam e continuam lutando.
Ele se dedica integralmente ao que faz - trabalha todos os dias, das 7 da manhã às 10 da noite -, abriu mão da vida pessoal - é casado, pai de dois filhos - e não tem receio de dizer que se envolve demais com seus pacientes. "Sofro muito e esse sofrimento é um dos fatores de sucesso da minha carreira, porque acabo me entregando mais aos doentes." Embora viva intensamente entre os limites das dores da perda e alegrias dos resgates da vida, Srougi, aos 60 anos, se abastece lecionando na Faculdade de Medicina, "uma de minhas razões existenciais".
No ano passado inaugurou um moderno centro de ensino e pesquisa para seus alunos, garimpando verbas junto aos seus pacientes poderosos. A sala ganhou o nome de Vicky Safra, mulher de Joseph Safra - em homenagem ao banqueiro que doou a maior parte dos recursos. Nesta entrevista, o maior especialista em câncer de próstata do país afirma que "todo homem nasce programado para ter a doença" e que, se viver até os 100 anos, inevitavelmente vai contraí- la.
Fala ainda sobre medos, fantasmas masculinos, impotência, novos tratamentos e seus sonhos pessoais. E conta por que trocou o Hospital Sírio-Libanês pelo Oswaldo Cruz depois de 30 anos. A seguir, os principais trechos.

ASSOMBROS MASCULINOS Os homens têm uma certa sensação de invulnerabilidade - isso faz parte da cabeça deles. Passam boa parte da sua vida livre de todos os incômodos que a mulher tem, fazendo com que relaxem mais com a sua saúde. Com o passar dos anos, começam a perceber a sua vulnerabilidade e passam   a dar um pouco mais de valor aos cuidados médicos.
O que mais os atemoriza hoje? Problemas com a próstata, disfunções sexuais e a decadência física, que mexe muito com a cabeça das mulheres, mas também com a deles. As mulheres pautam muito a vida em função da beleza e os homens, da força, da virilidade, da capacidade de agir, raciocinar.
E na hora em que surgem falhas nessas áreas, ele percebe que, talvez, não seja aquele ser imortal que achava que fosse.


ENVELHECIMENTO Há dois profundos temores hoje nos homens: o primeiro é o crescimento benigno da próstata, um fenômeno que ocorre em praticamente todos eles: ela aumenta de tamanho depois dos 40 anos e, dessa forma, o canal da uretra fica ocluído. Isso faz com que o homem comece a urinar sucessivas vezes, a não ficar em uma reunião prolongada, tem de levantar à noite, prejudica o sono, acorda mal, pode ter descontroles de urina.  O crescimento benigno é quase inexorável: todos os homens vão ter em maior ou menor grau - felizmente, apenas um terço, 30%, tem sintomas mais significativos que exigem apoio médico.Nesses casos, há medicações que desobstruem parcialmente a uretra e fazem o indivíduo urinar e viver melhor; apenas de 4% a 5% dos homens têm de fazer uma cirurgia para desobstruir a uretra por causa desse crescimento benigno.  Essa é uma cirurgia, que se faz com segurança e sem os inconvenientes de uma cirurgia maior nos casos de câncer. Ela remove apenas o fator obstrutivo, o homem passa a viver melhor e sem nenhuma seqüela. Esse crescimento não tem causa conhecida, surge por um desequilíbrio hormonal no homem maduro, ou seja, as células da próstata passam a se proliferar em decorrência dos hormônios. Não tem como prevenir. Existem algumas medidas, mas nenhuma consistente.

OBESOS E FUMANTES Existe a idéia de que o obeso e os fumantes teriam menos crescimento benigno da próstata. O que é interessante é que a próstata seria o único lugar no organismo que eles deixam de ter todas as desvantagens, mas a realidade é meio dura: recentemente se apurou que eles são menos operados da próstata, mas não porque ela não cresce, mas pelo receio dos médicos de operá-los porque complicam mais e também porque muitas vezes não vivem o suficiente para ser operados - morrem antes. É uma realidade perversa.


REALIDADE NUA E CRUA O câncer na próstata adquire maior relevância porque tem uma grande prevalência: 18% dos homens - um em cada seis - manifestarão a doença. E também porque o tumor, que ocorre com muita freqüência dentro da próstata, é eliminado com sucesso em 80%, 90% dos homens. Se esse tumor não é identificado no momento certo e se expande, saindo para fora da próstata, as chances de cura caem para 30%.  É um tumor muito comum e se for detectado a tempo, tem como resgatar esse paciente. Dos 18%, somente 3% morrem - a medicina consegue curar 15% dos homens,ou seja, a maioria. Mas vale dizer que todo homem nasce programado para ter câncer de próstata.Ou seja, nós temos, nas nossas células, genes que as estimulam a virar cancerosas e eles ficam bloqueados durante a nossa existência. Quando o indivíduo envelhece, esses mecanismos de bloqueio deixam de exercer o seu papel e o câncer começa a se manifestar. Com isso vai aumentando a freqüência da doença e todo homem que chegar aos 100 anos vai ter câncer de próstata.

SEM FANTASIA
O exame de toque - um dos meios de se detectar a doença - gera na cabeça dos homens fantasias negativas e receios, mas, na verdade, eles tem muito medo da dor. Tanto é que os que fazem pela primeira vez, no ano seguinte perdem o medo. Leva três ou quatro segundos e não dói. Então, um dos fatores de resistência é eliminado. Existe um segundo sentimento, que é muito forte: expressar, exteriorizar uma fraqueza se a doença for descoberta.
O homem tem pavor disso porque, de acordo com todas as idéias evolucionistas, só vão sobreviver aqueles que forem fortes. É comum você descobrir um câncer no indivíduo, e ele entrar em pânico, não pela doença, mas porque as pessoas vão descobri-la. Porque o câncer é muito relacionado com morte, decadência física, perda da independência, dependência dos outros. O homem não aceita essa idéia, e prefere fechar os olhos e enfiar a cabeça debaixo da terra a enfrentar, mostrando para o mundo e às pessoas que ele é um ser mais fraco.
Isso vai afetar a imagem dele, acha que vai perder poder sobre outras pessoas, porque ninguém obedece a um fraco, alguém que vai morrer.
Isso vai contra a idéia que temos de ser mais fortes para sobreviver.

A PERFORMANCE DO ROBÔ
Estamos fazendo cirurgias com robô, que permite uma visão muito mais precisa do campo cirúrgico, elimina os tremores da mão do cirurgião, permite incisões pequenas, uma operação muito mais perfeita porque os movimentos dele são muito suaves. Isso é muito novo no Brasil. Fiz o primeiro caso há dois meses, no Sírio-Libanês. E agora, o Albert Einstein tem e o Oswaldo Cruz está adquirindo.
Nos Estados Unidos se faz cirurgia robótica em larga escala. Lá, o robô ganha em performance do cirurgião médio, mas ele ainda perde do habilitado.
Tenho mais de 2.900 pacientes operados de câncer de próstata pessoalmente. Eu sou o terceiro cirurgião do mundo nesse quesito - só perco para dois americanos e eles estão parando de trabalhar. Apesar de ter essa grande experiência, quando comecei a operar, 35% ficavam com incontinência urinária grave. Agora são só 3%. Impotentes, todos também ficavam. Hoje, se o homem tem menos de 55 anos, a incidência é de 20% - antes era 100%.
Há também enxertos de nervos, porque a impotência se deve à remoção de dois nervos que passam perto da próstata e nós estamos fazendo esse enxerto quando somos obrigados a retirá-los nos casos em que o tumor fica grudado. Entre os pacientes que fizeram os enxertos, metade voltou a ter ereções com o tempo.


IMPOTÊNCIA, O QUE FAZER?

Esses novos remédios para tratar a disfunção sexual contornam 1/3 da impotência, tanto após a cirurgia quanto depois da radioterapia. Se os comprimidos não atuarem, existem injeções.  
Há ainda próteses penianas que são muito desenvolvidas e produzem uma ereção que quase não tem nenhuma diferença em relação à normal.
Isso permite que o homem reassuma a vida sexual plenamente e que as mulheres tenham muita satisfação. Os homens ficam extremamente felizes - são hastes colocadas dentro do pênis. Não fica marca, nem cicatriz.
Nos Estados Unidos, entrevistaram as mulheres sobre os homens que tinham prótese e as respostas foram positivas. Ela funciona muito bem.


O PAPEL DAS MULHERES
 
Os homens são resistentes: eles relutam muito em ir ao médico fazer um exame de próstata e só vão quando a mulher os empurra: dois terços dos pacientes no consultório de Miguel Srougi são trazidos por elas.
"Ligam para marcar a consulta, os acompanham. A gente não vê mulheres jovens trazendo homens jovens para fazer exames. A gente vê mulheres maduras. Claro que o jovem não está na faixa de risco. Mas existe um outro significado da importância da mulher. Primeiro, que ela é pragmática e incentiva o marido." Mas, por que ela quer isso? "Porque quem ficou vivendo bem 30 anos e conseguiu superar todos os embates da vida conjugal é um casal que o tempo consolidou. E aí a mulher tem um sentido de preservação da família muito mais forte que o do homem. Passadas as tempestades e oscilações do relacionamento, ela não quer que o marido morra. É real. Toda vez que tenho um paciente ofereço dois tratamentos: um que aumente a existência dele, mas vai, por exemplo, causar alguma deficiência na área sexual.
E um outro, que cura menos, mas preserva melhor a parte sexual. O homem balança na decisão. A mulher nunca hesita. Ela prefere aquele que aumenta a existência, mesmo correndo o risco de comprometer a vida sexual dele e do casal. Poucas vezes vi uma mulher aconselhar um tratamento que dê menos chance de vida e aumente a possibilidade de ele ficar potente. Dá para contar nos dedos. Ela quer o companheiro, quer preservar aquela pirâmide que foi construída, que é rica."


SOFRIMENTOS E PRIVILÉGIOS

Eu me envolvo muito com meus pacientes. Sofro muito. E esse sofrimento é um dos fatores do sucesso da minha carreira, de 35 anos. Nesse sofrimento eu acabo me entregando mais e mais aos doentes. Isso é ruim, porque não tenho vida pessoal, minha vida familiar é feita nos intervalos. Felizmente, os momentos bons prevalecem sobre os ruins. É por isso que eu sobrevivo. Um doente que coloca a cabeça no meu ombro e agradece por ter feito algo por ele, ou deixa correr uma lágrima na minha frente, me faz deletar, superar aqueles momentos em que me senti totalmente impotente.
Uma das coisas importantes é o médico saber e demonstrar que a medicina não é infalível e ele não se sentir onipotente. O urologista tem um privilégio. O oncologista mexe com câncer avançado, já no fim do caminho - eu lido com o inicial. Eu consigo salvar muita gente. É um privilégio para mim.


MEDO DA SEPARAÇÃO

Nós não queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. Segundo, porque a morte implica extinção e o ser humano não aceita a aniquilação. A nossa cabeça nasceu para ser imortal. A morte está relacionada com dor, sofrimento, à decadência física, à desfiguração, à perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independência. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material não deixa ninguém feliz.
Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade. Os médicos não compreendem isso. Se as pessoas têm medo de se afastar das pessoas do seu entorno, você precisa tratar o entorno também. Não é o médico que apóia o doente nas fases difíceis - é a família.
Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou não, se a família estiver ao lado.


A SAÍDA DO SÍRIO-LIBANÊS
 
Os verdadeiros templos na Terra são os hospitais - não as igrejas. Nas igrejas tem muito ouro, riqueza. Aqui não, você conhece o sofrimento, o valor da existência humana. Os orgulhosos e os soberbos ficam humildes, ricos e pobres são iguais; os ruins, os autoritários e os maldosos se tornam condescendentes: eles ficam despidos, tiram a máscara; é aqui que você conhece o que é viver, que resgata para a vida, não em uma igreja qualquer, que o sujeito entra lá, reza dez minutos e sai. Ele pode até sarar, cicatrizar a sua alma.
Mas aqui nós curamos a alma e o corpo. Esse é o verdadeiro templo, onde o ouro é a vida. Você entende o impacto que a desigualdade social tem sobre o ser humano, a pobreza, a falta de instrução causa doenças.
Depois de 30 anos no Sirio-Libanês eu mudei para o Oswaldo Cruz.
Achar que eu vou ter novas salas, três enfermeiras a mais, é brutalizar o que passou pela minha cabeça. Mudei porque não estava vendo esse lugar como um templo. Eu vivo intensamente, por isso tenho esses sentimentos.


UM POUCO DE FILOSOFIA

A melhor forma de se transmitir as virtudes é pelo exemplo, pela coerência.
Certa vez perguntaram para Sócrates como a virtude poderia ser transmitida - se pelas palavras ou conquistada pela prática. Ele não soube responder. Então, Aristóteles, depois de uns anos, respondeu: "A virtude só pode ser transmitida pela prática e por meio do exemplo". Aqui, eu posso tentar ser o exemplo. Mudando o cotidiano das pessoas, transformando a sociedade e construindo um novo mundo.

CINCO MEDIDAS PREVENTIVAS


Segundo Miguel Srougi, a prevenção ao câncer de próstata é feita de forma um pouco precária, porque não existem soluções para impedi-lo.

Na prática, há o 
licopeno, que é o pigmento que dá cor ao tomate, à melancia e à goiaba vermelha. "Talvez diminua em 30% a chance, mas esse dado é controvertido, por causa disso a gente incentiva os homens a comerem muito tomate, só que deve ser ingerido pós-fervura, ou seja, precisa ser molho de tomate. Não pode ser seco ou cru."
vitamina E também reduz teoricamente os riscos em 30%, 40%. Mas, se for ingerida em grandes quantidades, produz problemas cardiovasculares. Na verdade, se o homem quiser se proteger, deve tomar uma cápsula de vitamina E por dia. Acima disso, não é recomendável.
O terceiro elemento é o 
Selênio, um mineral que existe na natureza e é importante para manter a estabilidade das células, impedindo que elas se degenerem, que é encontrado em grande quantidade na castanha-do-Pará.
"Qualquer homem pode ingerir em cápsulas, mas se ele comer duas castanhas por dia, recebe uma certa proteção", diz o especialista. Uma quarta medida é 
comer peixe, três porções por semana - rico em ômega3 e tem uma ação anticancerígena provável. E, uma quinta, tomar sol." O homem que toma muito sol sintetiza na pele vitamina D, que tem forte ação anticancerígena. É por isso que os homens da Califórnia desenvolvem muito menos a doença do que os de Boston", afirma Srougi. 

Uma História Verídica de Luta e Vitória


Esse tema é absurdamente importante!


por: Dri Guelber (Seguidora indispensável do meu blog)


Meus pais são divorciados há 37 anos e somos apenas 2 filhas. Em 2003 perdemos nossa madrasta com câncer de mama e meu pai ficou viúvo. Passei a cuidar dele, já que hoje é um senhor de idade mais avançada. No ano passado, maio/2009, descobrimos que ele estava com câncer na próstata, como fazia exames regulares, foi salvo pelo diagnóstico prematuro. Ou seja, apenas uma cirurgia para retirada do tumor e tudo se resolveria. 



É aí que começa o drama, ele não queria operar sob hipótese alguma, por 2 razões, a primeira que teria supostamente uma incontinência urinária e a segunda razão, a impotência. Na cabeça dele, fazer xixi nas roupas, usar fraldas e ainda não ser viril, melhor a morte! Grande equívoco, ou no mínimo, uma tremenda falta de fé!

Exerci TODOS meus conhecimentos, aptdões e amor do mundo para fazê-lo entender que o câncer já era sentença de morte, retirar o tumor, era a vida, e enquanto há vida, pode-se sim lutar por todas outras opções de tratamento alternativos..


Dia 12 de setembro de 2009, finalmente ele entrou para o bloco cirúrgico, 8 horas na sala de cirurgia e eu aguardei cada minuto e segundo sua saída.
Quando eu estava internando meu pai, aquele homem alto, forte, professor de ginástica da polícia, chefe do depto de trânsito em juiz de Fora, depois delegado por anos, ficou pequeno e baixinho, tremia, suava frio, perdeu a cor, olhava pra mim com medo e ria de nervoso sem falar nada, apenas me olhava, parecia querer chorar...
Nunca esqueci esse momento, eu estava sozinha tomando decisões que eu julgava serem as melhores para ele, e na verdade, eu também estava com medo, por ele..
Fiz o que achei correto, certo, ético, e entendi que o paciente precisa de muito apoio de sua família, quando digo, apoio, estou extendendo ao antes, durante e depois de uma cirurgia de grande porte, é estar pronto ao lado de quem amamos, é comprar sua dor, é vestir sua camisa, até o fim..

Lembro que eu disse ao meu pai: " se o senhor decidir, não operar, estarei ao seu lado, mas aviso, a impotência sexual que o senhor tanto tem medo de ter depois da cirurgia, já começou quando recebeu seu diagnóstico positivo, daqui 2 anos, poderá ainda estar viril, mas estará sofrendo demais com quimos e medicamentos que não terá vontade tanto quanto de ter uma mulher... mas estarei lá com o senhor, segurando suas mãos até o fim! Essas palavras mudaram tudo, e ele finalmente se rendeu a cirurgia, salvando assim sua vida!
Quando abriram as portas do bloco cirúrgico, ele muito fraquinho ainda, levantou a cabeça me procurando, eu estava em alerta e acenei para ele de longe, ele sorriu e se confortou com minha presença ali.
Foram 30 dias, eu dando banho no meu pai, limpando os pontos da cirurgia, trocando as toalhas molhadas. Na verdade, estávamos felizes pela vida dele, sabíamos que tudo ia passar e passou mesmo...

Menos de 2 meses depois, o medo da incontinência urinária foi á baixo, ele estava recuperado e tinha controle da urina, já estava dirigindo novamente e deixamos a parte da impotência sexual como segundo plano de atenção, a vida veio em primeiro.
Hoje 7 meses depois, meu pai está sem o câncer e vivo e saudável. Está fazendo o retorno recomendável e quando quer namorar, acreditem: ele namora viu rapazes..! rsrs
Segundo seu médico Dr. Mauro, urologista do Hospital Belo Horizonte, a recuperação total desse procedimento é de 1 ano.

É importante lembrar, que a cirurgia embora de grande porte, é segura, indolor, e o paciente não sofre nada. Mesmo após a cirurgia a dor é mínima, apenas o incômodo de qualquer outra cirurgia, diante aos pontos que se leva e cuidados ao andar e não fazer esforço físico. Passado o resguardo, é vida nova! VIDA NOVA MESMO!

A medicina está cada vez mais avançada, e por experiência pessoal posso afirmar a voces homens, que não tenham medo ou receio, meu pai está com 74 anos e hoje está curado e feliz, e tudo isso porque optou por uma vida saudável, a virilidade dele veio porque sabia que estava vivo e que iria viver muito mais após a cirurgia...
Tudo isso foi fator de motivação, motivos para lutar, motivos para vencer, motivos para viver...

Meu pai teve meu apoio de filha e isso o ajudou a reagir, fico imaginando as esposas, namoradas, noivas... o quanto então elas podem apoiar seu companheiro facilitando e muito na cura e livramento dessa doença, que sinceramente, se não operar, vai te consumir até o ultimo suspiro de sua vida! O Câncer não tem cura apenas com um comprimidinho, é preciso sim, lutar bravamente diante de um inimigo que não dá trégua, até vencer voce! Se voce pode vencê-lo, não hesite, faça!

HOMENS VISITE SEU UROLOGISTA 1 VEZ POR ANO.
NÃO VALE A PENA VIVER A VIDA EM CONTAGEM REGRESSIVA CONTANDO GOTINHAS DE SORO DEITADO NUMA CAMA DE HOSPITAL...

MEU PAI VENCEU, VOCE TAMBÉM PODE, ACREDITE!
Com carinho Dri Guelber e família ♥


continua...
mais da Dri Guelber



Oi Ricardo.. sabe, tenho percebido que somos muito além do que amigos, somos uma equipe, uma equipe de pessoas diferentes, distantes , mas que se unem quando a palavra chave é "do bem"!




Obrigada por ter lido minha história, até hoje ainda me comove muito, porque não era fácil sozinha colocar meu pai no banho, na cama, no carro para ir às consultas médicas..

Eu tinha que levantar muito cedo, cuidar da casa, depois dele, e depois da comida especial dele. Todos os dias, eu saia correndo pegava o carro e levava minhas filhas para a escola.. voltava rápido para não deixá-lo sozinho, e depois saía novamente para buscar as meninas na escola... era um vai e vem incessante... mas valeu muito a pena e faria tudo de novo se precisar.

Obrigada pela solidariedade de todo meu coração amigo, e muito obrigada por compartilhar esse email com a Vivi, pois tenho fé que com nossos testemunhos, muitos se animem a se consultar sem sofrimento emocional. Não é fácil, mas é possível!


Beijos meu querido. ♥

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quinta-feira, 1 de julho de 2010